sexta-feira, 30 de maio de 2014

O QUE É A FELICIDADE?


                Despertei. Não porque queria despertar, na verdade. O sol nem me acompanhava; ainda dormia, o danado. Mas eu estava lá, de olhos abertos. Ouvidos abertos. Ouvido. Era o despertador. Tinin! Tinin! Tinin! E ainda chamam os humanos de inteligentes... acordar assim, não dá! Antes na boca de leões.
                Mas não tinha leão no meu quarto. Havia uma boca, a minha, que bocejou tão graciosamente quanto um elefante tomando água. Já viram? É um horror.
                Cinco e meia. Deveria estar no trabalho às sete. Trabalho duro. Contas e tal. Duro. E nem podia dormir nele.
                Pensei cinco longas vezes antes de pôr minhas rotundas mãos fora do edredom.
                Duro. Tinin! Tinin! Tinin!
                Desliguei o despertador. O silêncio baforava um aroma de paz no meio do meu rosto e me enchia inteiro de um sono agudo. Eu tinha que me levantar, comer pão, fazer a barba, porém meu corpo não obedecia essa parte do meu gênio.

                Continuei deitado. Agora na posição do Cristo Redentor. A melhor de todas. Mais cinco minutinhos não vão matar ninguém.

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